quinta-feira, 27 de maio de 2010

QUAL O SENTIDO DA VIDA?


Um homem muito sábio vivia num convento.

O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou. Demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade.
Finalmente, localizou o ancião sentado atrás de uma secretária, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto. Apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.
O discípulo se aproximou com respeito e perguntou, ansioso pela resposta:


- Mestre, qual o sentido da vida?


O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois apontou seu indicador magro para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha.
Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência.
O sol inundou o aposento e iluminou com sua luz estranhos objectos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.
Cheio de alegria, o jovem declarou:


- Entendi, mestre.

Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita a nossa aprendizagem.
Retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja.
Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez.


Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera.
O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com claridade. Viu o discípulo a se afastar, sorriu levemente e falou:


- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga.
Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.

Pense em como aquilo que você faz todos os dias, está influenciando os outros.
Por isso, aja sempre no bem.
Faça as coisas corretas, a começar pelas pequenas coisas.

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